terça-feira, 10 de novembro de 2009

Para quê serve um crítico?

É isso aí meu polvinho, a pergunta se faz também necessária, para quê um crítico de arte?

 É meus caros e carinhas, baratos e baratinhas, e também os de preço médio,





Para que demônios serve um crítico?



Não vale a resposta óbvia "Para criticar" nem a mais óbvia ainda "Para nada"! Objeto de ódio e amor, de raiva e paixão, enfim um objeto. Digo, um objeto de polêmica. Quem aí nunca sofreu com uma crítica negativa?



Amigos, críticos profissionais, todos nós já ouvimos / lemos algo que não gostamos. E nos irritamos e quisemos matar o sujeitinho safado que pensa que sabe tudo mas que na prática só sabe falar besteira! Exceto quando nos elogia, não é verdade?



É polvinho e polvinha, de fato é um ser estranho esse tal de crítico. Serviria ele para dizer ao público que deve ou não comparecer a um espetáculo? Bom, para isso pressupõe-se uma certa confiança do público em geral com este serzinho desprezível, correto?



Ou serviria ele para informar ao artista aquilo que o diretor não conseguiu enxergar, como um amigo sincero que te diz que teu cabelo precisa ser cortado urgentemente ou que estás gordo ou ainda, bem isso é mais raro um pouquinho, que você está ótimo!



O Crítico de arte. Merece ser respeitado quando respeita. Essa é minha opinião. E respeitar não é falar com educação, mas falar algo que preste. Xingar quando preciso, mas com argumentos. Elogiar quando necessário mas com argumentos.



Porque senão ele não passará de um pentelho nerd metido a besta que escreve um blog qualquer... e ... quer dizer... vocês entenderem né?!

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2 comentários:

Will disse...

Já percebeu que em lugar nenhum do mundo existe uma estátua para um crítico?
A própria formação de um crítico na ECA se baseia num canto parecido, e hoje eles não precisam entender de teatro, portanto não ajudam os artistas que estão em cena, não precisam entender de filosofia, portanto não auxiliam o autor, não precisam entender de psicologia, portanto não sabem olhar o comportamento humano estético que está sendo questionado no espetáculo, são todos bons "arrumadores" de palavras, então ficam todos crí-ticos-ticos.

10 de novembro de 2009 às 04:43
Michel Fernandes disse...

caro, é ótima a discussão sobre o papel da crítica. faço um trabalho de pesquisa pro arquivo multimeios do ccsp - entrego dia 12 de novembro e, depois, quem quiser pode ir até lá e ler - sobre a crítica, especifiquei um recorte - as críticas de mariangela a. de lima sobre antunes e zé celso por questões "logísticas" - e escrevi um artigo (mando o link) sobre quando ainda estava no início da pesquisa.
concordo, em absoluto, com o comentário acima de que é URGENTE e NECESSÁRIA uma formação cultural e humanística para que o crítico possa estabelecer seu convite, a seu leitor, à reflexão sobre o espetáculo criticado.

Sabemos que as críticas não interferem, aqui no Brasil, no borderô do espetáculo, o que deveria nos deixar mais à vontade ao escrevermos. Só que a "política da boa vizinhança" oculta o que o crítico, realmente, achou do espetáculo.

Tenho só uma certeza: ser paternalista ou coleguinha do criticado não é o papel da crítica.

10 de novembro de 2009 às 07:34

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