quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ser ou não ser? Eis a questão...

Ser ou não ser? Eis a questão... O dilema de Hamlet segundo eu mesmo. Ou não também, porque somos todos a união do que já lemos /  vimos / assistimos. Somos? Ser ou Não ser? Eis a questão....





Lendo o belíssimo texto do querido Vário do Andaraí (o taxista mais batuta da cidade maravilhosa) me lembrei (sabe-se deus porque) do famoso "Ser ou Não ser".



Se você - caríssimo leitor, nobilíssima leitora - nunca teve a oportunidade de ler esta peça, faça o mais rápido possível e depois leia o post. Se você já leu sabe que trata-se de uma vingança.



O ponto central é o também lema do Chaves (é, baixei o nível mesmo...) "Vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena" que todos já vimos. O Fantasma do pai realmente aparece? Ou é um interpretação do estado de espírito de Hamlet?



A última montagem que vi se absteu de decidir. Wagner Ramos era ao mesmo tempo Hamlet e o fantasma.



Mas o ponto central é justamente o assassinato. Ser ou não ser Honrado e criminoso? Eis a questão...



Se Hamlet decide por ser assassino, há quem diga que não foi mais do que uma "manutenção da honra". Há quem pense somente em assassinato frio e calculado. O fato é que há diálogos preciosíssimos no drama.



O melhor deles? Nada tem com Hamlet, ou tem porque tudo somos todos



    SEGUNDO COVEIRO: Quereis que vos seja franco? Se não se tratasse de uma senhorinha de importância, não lhe dariam sepultura cristã.



    PRIMEIRO COVEIRO: Tu o disseste; é pena que neste mundo os grandes tenham mais direito de se enforcarem e afogarem do que os seus irmãos em Cristo. Dá-me a pá. Não há nobreza mais antiga do que a dos jardineiros, dos abridores de fossas e dos coveiros; todos exercem a profissão de Adão.

O diálogo surge porque é dada sepultura Cristã a uma suicida.Engraçado, reflete a realidade.



E tudo isso para dizer que nem sempre o mais importante é o que chamamos de "Ser ou Não Ser"...

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