segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Crítica - Um Mau dia para Pescar

Hoje a crítica do filme "Um Mau dia para Pescar", uma co-produção Uruguai e Espanha do diretor Álvaro Brechner. (cuidado, Spoiler)



Primeiro é preciso dizer que se você não é de São Paulo terá de torcer muito para que o filme chegue até você. Se você é de São Paulo ou já viu o filme ou terá de torcer muito para que o filme chegue até você.



O filme foi o primeiro (e único, me envergonho sim...) que vi na 33ª Mostra Internacional de Cinema.



O filme trata de uma fábula. Não muito longínqua para nós que sabemos o que é fazer teatro por aqui. Trata-se de um ex-campeão mundial de luta livre que ganha agora seu pouco dinheiro com a ajuda de Príncipe seu suposto empresário e desafios públicos contra locais.



Ambos, Príncipe e Van Oppen (o tal lutador), acabam em uma pequena cidade da Argentina para mais um desafio.



Acontece que o ex-lutador tem uma aparência não muito saudável, gordo e velho ele já não passa confiança a ninguém. Príncipe trata de armar um desafio com um ex-lutador local e, como sempre, tenta persuadi-lo a perder a luta propositadamente.



O local acaba preso por uma confusão que causa no bar.



O Filme tem como mérito a construção dos personagens, bem como a atmosfera que consegue criar. Se os personagens parecem acabados para a vida, assim também é a cidade em que se encontram. Com cores escuras, ainda que em dia de sol, e uma câmera muito bem conduzida o filme prende o telespectador.



Por tratar-se de uma fórmula anelar (onde o início é também o final) o telespectador acaba por quase saber o que acontecerá no final. Eu disse quase.



Porque o que sabemos é que alguém se machucou no desafio e tão somente isso.



Como o lutador local acaba preso chega até Príncipe um outro local conhecido só como "Matador".

Príncipe que não tem o dinheiro para honrar o desafio de Mil dólares feito com o "Matador" começa a se desesperar concluindo que seu lutador não pode com o desafiante.



Trata-se de uma fábula. Como bem disse o diretor do filme, Álvaro Brechner, na sessão que pude assistir:



Trata-se de um filme sobre um vendedor de sonhos



E é isso mesmo. Vale a pena conferir, caso surja a oportunidade.

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